“Terceiro setor é uma expressão criada para designar um campo da sociedade correspondente às ações sociais promovidas por instituições privadas de caráter não lucrativo, com atividades que envolvem a demanda pela reinvindicação de determinadas causas ou ações de filantropia.
Esse termo foi criado para diferenciar essas instituições da esfera governamental (o Primeiro Setor) e da esfera privada com fins lucrativos (o Segundo Setor ou mercado). A origem do Terceiro Setor remete aos Estados Unidos, onde, desde os tempos coloniais, surgiram centros de caridade ou comunitários organizados em formas de clubes, igrejas, associações, entre outros. Esse país ainda é o principal nesse campo, com centenas de milhares de instituições beneficentes registradas.
As mais conhecidas instituições do Terceiro Setor são as ONGs (Organizações Não Governamentais), havendo também as fundações, entidades beneficentes, os fundos comunitários, as entidades sem fins lucrativos, associações de moradores, entre outras.
As Fundações são instituições responsáveis pelo financiamento e arrecadação de fundos para o Terceiro Setor. Atuam, geralmente, na arrecadação de renda para o seu uso em tempos de crise, período em que diminuem as doações e aumentam os problemas sociais. Muitas dessas fundações são financiadas por empresas particulares. Exemplo: Fundação Bradesco.
As Entidades Beneficentes são instituições que visam a uma determinada reparação social, seja de problemas estruturais, como a fome, seja de problemas individuais, como a depressão. Atuam em diversos campos e constituem a maioria das instituições filantrópicas no mundo.
Os Fundos Comunitários são centros que canalizam e distribuem recursos de doações geralmente realizadas por empresas privadas. Ao invés de direcionarem todos os recursos de uma determinada corporação a uma única entidade, a quantia é doada a um ou mais fundos comunitários que terão a função de distribuir esse dinheiro para aquelas entidades que mais necessitam de recursos.
As entidades sem fins lucrativos são empresas privadas de ações não necessariamente sociais que não objetivam necessariamente a obtenção de lucro e o acúmulo de reservas, vivendo basicamente de doações ou, dependendo do caso, da geração própria de renda que deve ser revertida para a realização de ações sociais. Essas instituições demarcam os maiores casos de enriquecimento ilícito e corrupção, ocasionando muitas práticas de lavagem de dinheiro, uma vez que os sócios criam essas instituições sem fins lucrativos como fachada para utilizarem seus recursos em benefício próprio.”
A FUNDAES – Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – une e congrega as entidades do Terceiro Setor Capixaba, e representa as suas filiadas.
Constituída em 2002 para fortalecer este setor, tendo em vista o cenário de ausência de cultura de planejamento, escassez de recursos financeiros, inexistência de estrutura profissionalizada, inadequação das prestações de contas, não obrigatoriedade de publicação das demonstrações contábeis e inexistência de harmonização das demonstrações contábeis.
Empenhada na qualificação das associações e fundações, incentiva as boas práticas em gestão, promovendo a profissionalização do Terceiro Setor.
Atuando em rede com suas filiadas e outras federações estaduais, de mesmos propósitos, se coloca para articular e fazer interlocução com empresas (Segundo Setor) e Órgãos Públicos (Primeiro Setor), e para ampliar o investimento e a atenção aos projetos de alcance social.
Também empenhada na produção e compartilhamento de conhecimento tecnológico no Terceiro Setor Capixaba, estimula a aprendizagem e troca de experiências e debates em temas de interesse de organizações sociais.
Se coloca como espaço de discussão das políticas públicas de assistência, de prevenção e de promoção social; de articulação e de proposição de novas estratégias políticas. Um espaço que contempla a pesquisa e a promoção de estudos de interesse da sociedade civil, do Governo e das empresas, para o avanço social.