O Brasil fez história nas Olimpíadas de Paris 2024, encerrando sua participação com o segundo melhor desempenho de todos os tempos, atrás apenas de Tóquio 2020. A delegação brasileira conquistou um total de 20 medalhas: três de ouro, sete de prata e dez de bronze. Esses números mantém o alto nível apresentado em Jogos Olímpicos passados e mostram a evolução contínua do esporte no país.
O último dia das competições aconteceu no domingo, 11 de agosto de 2024, com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) realizando uma coletiva de imprensa na Casa Brasil para fazer um balanço geral. Entre os pontos altos mencionados estavam a participação feminina, a força da torcida e os planos para as próximas Olimpíadas.
Participação Feminina Brilhante nas Olimpíadas de Paris 2024
“Queremos sempre ultrapassar barreiras e conquistar mais. Vimos recordes sendo quebrados, especialmente no esporte feminino, e isso nos deixa bastante satisfeitos. Também inspiramos a sociedade com a performance dos nossos atletas,” afirmou Rogério Sampaio, chefe da Missão Paris 2024 e diretor-geral do COB.
Já Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB, destacou o investimento específico no esporte feminino nos últimos ciclos olímpicos. “Identificamos uma oportunidade de crescer no esporte feminino e começamos a investir. Isso reflete não só no esporte, mas também no fortalecimento das mulheres na sociedade,” comentou.
Qual Foi o Papel da Sorte no Desempenho Olímpico do Brasil?
Na visão do COB, a falta de sorte também influenciou os resultados. “Pequenos detalhes fazem muita diferença. Se algumas ondas, ventos ou situações não tivessem ocorrido, teríamos ainda mais motivos para comemorar,” disse Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.
Esses detalhes muitas vezes determinam quem vai ao pódio ou não. O desempenho brasileiro foi ótimo, mas sempre existem fatores imprevisíveis que podem mudar o resultado final.
Planejamento para Los Angeles 2028
Mesmo com Paris 2024 apenas terminando, o COB já está de olho nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. O planejamento para o próximo ciclo olímpico já começou, incluindo visitas às instalações e reuniões para garantir a melhor preparação possível.
“Se o atleta está se preparando, estamos também. Fizemos a primeira visita a Los Angeles em 2023 e estamos progredindo rapidamente com o planejamento. Para Brisbane 2032, as primeiras reuniões já ocorreram, foco na infraestrutura e aclimatação devido ao fuso horário,” revelou Joyce Ardies, subchefe da Missão Paris 2024 do COB e gerente de Jogos e Operações Internacionais.
Como a Torcida Influenciou o Desempenho Brasileiro?
A força da torcida brasileira foi um destaque que chamou a atenção. Em Paris, a Casa Brasil serviu como “embaixada olímpica do Brasil,” reunindo fãs e atletas. Em São Paulo, o Parque Time Brasil conseguiu transmitir um pouco do clima parisiense para os que ficaram no Brasil.
“Cerca de 20.000 pessoas torceram pelo Time Brasil nos finais de semana no Parque Time Brasil. Em Paris, na Casa Brasil, propiciamos experiências únicas para fãs e patrocinadores. Juntando ambos locais, quase 300 mil fãs celebraram o Time Brasil,” comentou Gustavo Herbetta, diretor de marketing do COB.
Qual a Importância das Redes Sociais para a Delegação Brasileira?
Se no quadro de medalhas o Brasil não lidera, em redes sociais o Time Brasil brilhou, superando o Comitê dos Estados Unidos no Instagram. “Nossa comunicação foi crucial. As redes atraíram público, novos patrocinadores e investimentos. A imagem nas redes é importante para o movimento olímpico,” disse Paulo Conde, diretor de comunicação do COB.
Ídolos emergiram das redes sociais, como Bia Souza, que saltou de 10 mil para quase 3 milhões de seguidores, e as meninas da ginástica artística, que se tornaram ícones nacionais.
O sucesso nas redes sociais e o desempenho atlético mostraram que o esporte olímpico brasileiro está em alta, inspirando torcedores e futuros atletas. Com um olhar para o futuro, a expectativa é de um desempenho ainda mais brilhante em Los Angeles 2028.